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 Assistência Social e Cidadania
Terça-feira - 09/04/2024

“Não tenha preconceito porque é feio”, disse o garoto Levi durante ação de conscientização do “Mossoró Inclusão"

Por: Solange Santos
Foto: Lucas Bulcão (Secom/PMM)

A Prefeitura de Mossoró segue visitando alguns equipamentos do município, realizando trabalho de conscientização sobre o autismo. As visitas fazem parte do projeto “Mossoró Inclusão”, lançado no Dia Mundial de Conscientização do Autismo, 2 de abril.

A visita nesta terça-feira (9) aconteceu no Centro Especializado de Reabilitação (CER). Assessor Especial da Secretaria de Assistência Social e Cidadania (SEMASC), Petras Vinícius reforça que essas ações, junto aos equipamentos, estão mais intensificadas neste mês e enfatiza o trabalho que vem sendo desenvolvido no CER.

“Estamos aqui no CER com essas equipes que estão recebendo as crianças que precisam de terapia, facilitando esse acesso. A Prefeitura está oportunizando que essas pessoas que estavam na fila, tanto para terapia quanto para neuropediatria, tenham acesso ao atendimento. Eu já recebi vários feedbacks dos familiares que estão aqui acompanhando suas crianças, relatando a alegria que é poder ter a garantia do atendimento, possibilitando assim uma evolução, autonomia para os assistidos do equipamento”, declarou.

Diretora do CER, Suiann Costa ressalta os diversos atendimentos realizados no equipamento. “Durante este mês de abril estamos com várias atividades na programação do ‘Mossoró Inclusão’. Reforço que durante todo o mês o sistema de reabilitação está desenvolvendo muitas atividades. Aqui trabalhamos com quatro tipos de deficiências: física, motora, intelectual e auditiva. Estamos realizando avaliação global durante toda essa semana, de 8 a 12, aqui no equipamento, pacientes estes, enviados do sistema de regulação”, disse.

O CER oferece diversos atendimentos com profissionais capacitados que contribuem com o desenvolvimento dos seus assistidos. Entre esses profissionais está o neuropediatra doutor Francisco Sidione, que ressalta a relevância da conscientização sobre a inclusão e sobre o papel da família, escola e sociedade na busca pelos direitos dos autistas.

“A conscientização no respeito das condições do neurodesenvolvimento é de suma importância. É fundamental que a família, a escola e toda a sociedade acolha essas crianças que lutam pelos direitos, o acesso dessas crianças, as terapias e a inserção na comunidade. Nesse mês de conscientização do autismo, é muito importante levarmos conhecimento a respeito das condições, não apenas sobre o autismo, mas de todas as condições de neurodesenvolvimento”, ressaltou.

Quem melhor pode falar sobre os impactos desse trabalho de conscientização e os atendimentos prestados no CER são as mães das crianças autistas, que vivenciam no dia a dia as lutas e os desafios para verem seus filhos incluídos na sociedade e com seus direitos respeitados.

“Eu acho muito gratificante ver esse trabalho de conscientização, porque ninguém deveria dizer: ‘você tem que aceitar’. Não era para existir essa frase, porque a gente tem que aceitar com o coração, o autismo é amor”, pontuou a mãe Ednalba Maria Bezerra.

“Para mim é muito importante porque só quem é mãe vai entender as dificuldades e os desafios que passamos. Ver tudo isso acontecendo é gratificante porque é um desafio a cada dia, mas com amor e conscientização venceremos. Para mim é motivo de felicidade e alegria”, acrescentou a mãe de Miquineas Maurício.

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um distúrbio no neurodesenvolvimento caracterizado por manifestações comportamentais, déficits da comunicação e na interação social, entre outras características. Um comportamento nem sempre compreendido por aqueles que estão por perto. O pequeno Levi dos Santos declara que é bem tratado pelos coleguinhas e também deixa um recado para os preconceituosos.

“Meus colegas me respeitam, eles são gentis comigo, eu acho muito legal, na hora do recreio brinco muito com eles, mas na hora da tarefa estudo também. Para as pessoas que não gostam da gente, eu daria o conselho que é preciso respeitar as pessoas que são autistas e que não tenha preconceito, porque é feio”, concluiu.


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