A VI Feira de Ciências da Rede Municipal de Ensino de Mossoró (FECIRME) chegou ao fim nesta quinta-feira (21). Ao longo de dois dias, a Estação das Artes Elizeu Ventania acolheu, em um pavilhão exclusivamente estruturado para o evento, mais de 2,5 mil alunos, professores e visitantes. A feira alcançou mais uma vez o seu principal objetivo, que é fomentar o conhecimento científico já a partir da Educação Básica, contemplando estudantes desde o 1º ano do Ensino Fundamental.

“Nós tivemos o engajamento de 48 unidades de ensino, movimentando 700 alunos expositores aqui neste espaço, apresentando projetos com as mais variadas temáticas, abordando temas sociais, da saúde mental, ambientais, relacionados à tecnologia. Isso muito nos empolga em ver os nossos alunos produzindo conhecimento no seu processo de aprendizado. São novas formas de ensinar e aprender que a Rede Municipal coloca em prática no seu cotidiano”, pontuou o professor Alexandre Andrade, coordenador da VI Fecirme.

Durante os dois dias de feira, foram apresentados pelos alunos mais 180 mostras e projetos científicos, abordando, como destacou o professor Alexandre, diferentes temáticas. No primeiro dia de evento, as apresentações foram realizadas por estudantes dos Anos Finais do Ensino Fundamental (5º ao 9º ano). Nesta quinta-feira (21), foi a vez das crianças dos Anos Iniciais (1º ao 5º) exporem as suas ideias. É o segundo ano consecutivo que esse grupo participa da Fecirme.

O pequeno Arthur Gabriel, de 7 anos, aluno da Escola Municipal Dolores do Carmo Rebouças, optou por abordar em seu projeto, com os demais membros do grupo, a importância do cuidado com os animais. “Foi maravilhoso. Aqui na feira tem muita gente. Gostei de participar. O meu projeto é ‘Cuidar de Mim’, sobre o cuidado com os animais. É muito importante as pessoas virem aqui e aprender isso”, relatou.

Outro projeto exposto nesta quinta-feira (21) foi o desenvolvido pelo grupo do estudante João Henrique, de 9 anos, aluno da Escola Municipal Prof. Francisco Morais Filho, destacando a ponte férrea de Mossoró. “Foi ótimo participar pela segunda vez. O nosso projeto é sobre a ponte férrea de Mossoró. Através dos estudos, nós descobrimos que a ponte foi muito importante no passado, porque ela marca o desenvolvimento da nossa cidade e também marca um fato histórico. Foi lá que o cangaceiro Jararaca se escondeu antes de ser preso”, explicou.

A importância da leitura também foi debatida na VI Fecirme, no projeto apresentado pelo grupo da estudante Fernanda Evenllyn. “O nosso projeto fala de um assunto muito importante, a leitura. Muitos alunos leem e não entendem o que leem. Às vezes, com a internet, muita gente deixa de ler”, afirmou a aluna.

Jhully Pietra, de 9 anos, em conjunto com os seus colegas de turma, trabalhou o tema: “Amigo ou vilão? Presença de sódio nos alimentos doces”. “Aprendi muito e também amo participar das feiras de ciências. A gente escolheu esse assunto porque tinha muita gente na nossa sala comendo alimentos que tinham muito sódio. Aí a gente resolveu falar sobre esse assunto, sobre os males que ele (o sódio) faz para a saúde”, comentou.

“A Fecirme é a culminância de um trabalho que se desenvolve nas escolas do município, um momento extremamente importante, com grande visitação, onde a gente pode visualizar na prática como os professores estão trabalhando com os nossos estudantes. Desenvolvemos uma feira de ciências que representa a integralização, a materialização da pesquisa enquanto processo educativo, ou seja, os estudantes, os nossos pequenos cientistas, experimentando suas ideias, suas inquietações, a curiosidade científica. Ficamos com um desafio de fazer a VII Fecirme, em 2024, ainda melhor, porque esse é o nosso propósito”, finalizou o secretário municipal de Educação, Marcos Oliveira.