Por: Edinaldo Moreno
Foto: Wilson Moreno (SECOM/PMM/ARQUIVO)
A apicultura é a atividade da criação de abelhas do gênero Apis, também conhecidas por abelhas africanizadas, sendo desenvolvida em Mossoró através de consultorias para aproximadamente 30 agricultores de 12 comunidades rurais do município. A ação é realizada pela Prefeitura de Mossoró, através da Secretaria Municipal de Agricultura e Desenvolvimento Rural (Seadru), em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar).
A visita aos produtores é individualizada e ocorre uma vez por mês. O técnico agenda previamente o encontro com os agricultores ou outro responsável. Ela tem a duração de quatro horas. A assistência do Senar visa a parte técnica e gerencial. Essa proposta atenderá aspectos produtivos da atividade da apicultura como manejo, mas, além disso, a parte gerencial onde são trabalhados os aspectos da gestão do negócio, como a produção, receitas e despesas.
Assistente técnica do Senar, Tuanny Araújo explica como é realizada a visita aos apicultores assistidos pela consultoria. A zootecnista destaca que na região de Mossoró os produtores assistidos em sua maioria produzem apenas mel e alguns estão iniciando com a produção de própolis, por ser um produto com um valor agregado.
“Podemos falar que a criação de abelhas é atividade que faz parte do tripé da sustentabilidade (social, ecológico e econômico). Ela fixa o homem do campo, dando dignidade, além de gerar renda e ser uma atividade que preserva o meio ambiente, haja vista que sem a mata (florada) não se teria esta atividade e produção. E a meliponicultura é criação racional de abelhas sem ferrão. Em Mossoró, a maioria dos meliponicultores assistidos cria a abelha Jandaíra (Melipona subnitida). O mel de abelhas nativas como conhecido possui um valor agregado também gerando renda ao homem do campo”.
Do total de apicultores assistidos, 12 trabalham apenas com apicultura, 7 meliponicultura e 9 produtores que trabalham com as duas atividades, apicultura e meliponicultura. Ela acrescenta que os temas abordados podem mudar conforme a necessidade e época.
“Neste período de entressafra estamos trabalhando o manejo como a limpeza do apiário/meliponário, alimentação para as abelhas no período seco, fornecimento de água, sombreamento, entre outros. Desta maneira outro ponto da assistência é sobre questão gerencial junto ao produtor, esta também realizada em conjunto com a técnica mensalmente, onde os produtores fazem o controle gerencial da sua propriedade. Para o produtor ter ainda mais controle, ele tem o auxílio do caderno de campo voltado para a sua cadeia produtiva, onde o mesmo pode fazer todas as anotações técnicas e gerenciais de sua propriedade”, ressaltou.
Na região de Mossoró, os produtores assistidos em sua maioria produzem apenas mel e alguns estão iniciando com a produção de própolis, por ser um produto com um valor agregado. “Podemos falar que a criação de abelhas é atividade que faz parte do tripé da sustentabilidade (social, ecológico e econômico), ela fixa o homem no campo, dando dignidade, além de gerar renda e ser uma atividade que preserva o meio ambiente, visto que sem a mata (florada) não se teria esta atividade e produção”, lembrou.
O maior número de apicultores assistidos no município está no Assentamento Jurema. A comunidade tem 9 agricultores contemplados com a consultoria técnica na área. “Nesta comunidade existe uma peque na casa de mel, onde os apicultores vêm lutando para a reforma e certificação com o intuito de poder levar essa produção para mercados e compra direta, haja vista que isso irá melhorar a renda do produtor”, contou a consultora.
COMUNIDADES E APICULTORES ASSISTIDOS:
PA Vingt Rosado – 3 produtores
Assentamento Jurema – 9 produtores
Sítio Senegal – 3 produtores
Assentamento Quixaba – 2 produtores
PA Solidão – 1 produtor
Assentamento São Romão – 1 produtor
Agrovila Nova União – 2 produtores
Assentamento Cordão de Sombra I – 1 produtor
Barreira Vermelha – 2 produtores
Guarujá – 1 produtor
Jucuri – 3 produtores
Piquiri – 1 produtor